Dispersos:
Chegar ao Porto de aviao, à noite, e ver tudo escuro e a arder - parecia as imagens do N. Geographic, quando mostravam os vulcoes e a lava em close-up;
Ir à praia na Costa Nova, em Aveiro, e ser bombardeado com milhares de graos de areia por uma nortada fria insuportavel, depois de ter estado a morrer de calor em Roma e N.Iorque sem poder ir ao mar;
Ir à Charnica, um sitio meio secreto algures na Serra da Estrela, e apesar da pouca agua no rio Mondego, ter alguns momentos de comunhao com a Natureza e com os meus amigos punks;
Estar à espera da entrevista em N.Iorque, a apanhar vento no cais em frente ao Hudson;
Um churrasco algures em Matosinhos, tambem num sitio meio secreto (pelo menos dificil de encontrar) e em que acabou tudo de rastos;
Estar até às tantas no miradouro da Graça a tomar copos e de repente alguem se lembra de pedir o "sake portugues" para impressionar o nosso amigo japonoca - mas vieram tres copos de balao com aguardente velha, ou coisa que o valha, intragavel;
Voltar para Roma num aviao cheio de peregrinos que tinham ido a Fatima, a atropelar-se uns aos outros para ir à casa de banho do aviao antes dele levantar voo. Encaixado entre duas velhotas que me coscuvilharam a vida toda (quantos anos tens? tens namorada? tens pai e mae? és catolico?). A da esquerda, quando nos trouxeram a refeiçao, diz:
-Olha, eu divido a minha sande e comes metade
-Obrigado, minha senhora, mas isto chega-me
-E que? Quem é que a come?
Dito isto, e perante as minhas negaçoes, aproveita um momento de distracçao minha, pega na fatia de presunto dela e poe-na em cima do meu pao!!!!
-Anda la' que estas magro!
(esta simpatica velhota parecia portuguesa, mesmo fisicamente com bigode e tudo, e falava com um sotaque estranhissimo - os peregrinos eram de uma aldeiazita a Norte de Roma, Montefiascone)
6 de setembro de 2005
Recuerdos de Verao
posto pelo Alexandre às 12:59
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